Ontem eu li uma frase que me chamou muito a atenção. Ela dizia mais ou menos assim: A medida de amar é amar sem medida! Parei pra pensar nessa frase tão popular entre os enamorados e cheguei ao fundo filsófico, só pra variar um pouco, e tenho a absoluta certeza de esse é o primeiro passo para qualquer derrocada, amar sem medida. Viver sem medida. Isso é coisa de textos romanticos ou de pessoas que querem e acham que a medida de ser feliz é elevar ao extremo tudo que fazem.
Eu discordo, acho que a medida de amar é amar com medida.
Claro que nossa raça, seres humanos, somos feitos para superar limites e assim sendo, nos entregamos às paixões da vida com muito mais facilidade.
Mas acredito que antes de sermos seres apaixonados, somos seres racionais,e como tal, devemos descobrir o ponto de equilíbrio para as coisas.
Serei mais clara.
Semanas atrás, aqui em Curitiba, aconteceu a parada gay, e eu fui. Na semana seguinte eu li um texto sobre o assunto, em um blog que dizia assim homofobia X homomania. Os argumentos do cidadão, tirando a tonelada de preconceitos e opinião particular baseada em um "machismo" ferido, tirando tudo isso, os argumentos dele eram no mínimo relevantes. Ele dizia que o Brasil quer trocar a homofobia pela homomania, onde ser gay é ser atual, e inclusive ele passava por um assunto um tanto quanto pertinente que é a cirurgia de troca de sexo. Segundo ele em aprovação no plenário para ser feita pelo SUS. Claro que ele era contra, acredito eu que assim como a maioria da população. Não trata-se de preconceito, trata-se de finanças, o Brasil não tem grana nem pra tratar problemas básicos como diabetes vai trocar sexo agora? Daqui a pouco ta colocando silicone, mas enfim não é esse o contexto sobre o qual eu quero escrever agora. Só queria exemplificar o extremo de apoio a uma causa.
Tirando essa questão do homossexualismo eu vi também essa semana sobre polemicas de beijo gay em novelas; torcidas organizadas envolvidas em brigas; um jovem assassinado por um segurança de uma promotora ; uma criança de 3 anos morta por policias daquela cidade maravilhosa; enfim, a semana foi cheia de notícias de pessoas que estão vivendo no limite, no extremo.
Será mesmo que a vida deve ser levada ao extremo?
Será que é certo querermos a presidência de uma empresa, quando a nossa competencia está em atender a recepção da melhor forma?
Será mesmo que precisamos de um grande amor para sermos felizes, desses que não nos deixam dormir pela insegurança de nos deixarem? Ou será que precisamos de uma amor tranquilo, desses que vc sabe que ele não é seu e que vc não é dele, porque vcs não são coisas e portanto pertencem a si mesmo e mesmo assim querem ficar juntos?
Será que realmente precisamos de passeatas gay para defender direitos de uma minoria? Não seria bem mais fácil termos uma medida e cada um viver sua vida?
Será mesmo que viver bem é viver com paixão?
Será a paixão um sentimento tão nobre assim?
Será que a paixão não mais uma companheira da esperança nessa imensa caixa de pandora que é os nossos sentimentos?
Diante de toda essa filosofia de mesa de bar eu fiz uma retrospectiva da minha vida e vi que os momentos em que eu mais de decepcionei e que mais sofri foi quando eu fiz as coisas com a irracionalidade de uma paixão.
Não estou dizendo que devemos nos tornar pessoas frias ou robos. Mas quero chamar a atenção para as paixões que nos levam à loucuras.
Eu faço tudo com paixão, quem me conhece sabe, mas sei que é possível ter uma paixão racional por tudo que se faz.
Ta lançado o desafio, apaixone-se...mas com moderação.
Vamos lançar a lei seca da paixão, se for apaixonar-se sem medida, fique em casa, não saia, de preferencia fique no seu quarto com uma caixa de prozac e um litro de coca-cola.
Ah, e se querem me fazer uma crítica, façam como minha mãe, digam que eu tenho um coração de ouro...frio e duro tanto quanto. risos
domingo, 13 de julho de 2008
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