Nos últimos dias, a morte de um jovem de 17 anos em uma rave do RJ tornou-se a pricipal notícia dos jornais. E como sempre, junto com qualquer desgraça, vem a tona uma discução filosófica sem sentido sobre o que é certo e o que é errado.
Eu estava acompanhando toda essa história, e li que o jovem entrou na festa com uma identidade falsa, portanto, ele assumiu os riscos de ser "de maior" por um dia.
Eu não gosto de música eletrônica, nunca usei drogas na vida, aliás nem maconha nunca provei. Mas vamos ser racionais, o cara morreu de intoxicação; e agora os organizadores do evento podem pegar de 5 a 15 anos de prisão.
Então quer dizer que, a droga entra ilegal em uma festa, o jovem também entra ilegal, e a culpa é de quem não viu, não adivinhou que aquele jovem era de menor.
Dae me faz pensar, como nossa sociedade é estranha, estamos sempre tentando responsabilizar outras pessoas pelo nosso livre arbítrio. O fulano decide usar a droga, morre e a culpa é da segurança. O trafico é culpa dos governadores, a fome é culpa do Lula, o ensino estar uma droga é culpa do governo, nunca nossa, nunca temos culpa de nada e quando temos, sempre justificamos com algum outro ato.
É sempre culpa da infância, dos pais, da má educação.
Mas e como fica nosso livre arbítrio? Não podemos exercer o poder de decisão em tudo?
Então porque na maioria das vezes não podemos arcar com as consequencias? Sim porque nao existe consequencia sem causa ou causa sem consequencia.
Vivemos fazendo um eterno rascunho, sempre achando que poderemos passar a limpo, mas nunca dá tempo.
Dae fica a pergunta filosófica: Vale a pena tomarmos certas decisões? Será que antes de cada decisão, nós avaliamos as proporções das consequencias que ela pode trazer?
E quanto a rave, põe o BOPE pra fazer a segurança e tudo fica certo. PEDE PRA SAIR 02. Afinal, matar é tão comum naquele lugar, que diferença faria o cara morrer de intoxicação ou de um tiro de fuzil... estão preocupados só em quem jogar a culpa mesmo.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
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